
Cidadãos do município de Cacuaco defendem que as instituições de direito devem continuar a fiscalizar a forma como são praticados os preços dos principais produtos da cesta básica, no sentido de reduzir os níveis de especulações, sobretudo no mercado informal.
A reportagem ouviu de várias pessoas, ontem, que os actuais preços praticados contrastam muito com os que foram praticados em Dezembro de 2024. O cartão de 30 ovos, baixou de seis mil, para 3.500 actuais, o quilograma de feijão, de 2.100 kwanzas para 1.650, referiu a dona de casa, Maria Antonieta, 48 anos.
Esta realidade, foi igualmente constatada pela equipa desta casa, no mercado dos Pescadores, situado nos arredores da vila sede, onde foi possível saber sobre a queda de preço do quilograma de açúcar, que também saiu de 1.200 kwanzas, para 900, da mesma moeda.
“Gostaria que continuássemos com essa dinâmica, para que o salário base, da Função Pública possa cobrir as despesas mensais e permitir que tenhamos um remanescente para suprir outras necessidades pontuais do resto do mês”, considerou a nossa entrevistada, abordada no interior de um minimercado, adjacente à Estrada Nacional número 100, em Cacuaco.
O senhor Gaspar Mutula, pai de sete filhos, dois dos quais menores, pactua do pensamento de Maria Antonieta, ao mesmo tempo que manifestou a sua satisfação pela baixa do preço da caixa de coxa de 10 quilogramas, para 17 mil, contra os 21.500 kwanzas praticados até Dezembro do ano passado.
O viúvo defende que o esforço empreendido na redução dos preços dos principais produtos da cesta básica, devia ser, igualmente, feito nas padarias, por considerar o pão, o alimento mais consumido pelas famílias. “Nos últimos tempos o pão já não é como antigamente, não tem a qualidade requerida, os preços e os tamanhos também deixam muito a desejar”.
Relativamente à oferta de produtos alimentares nacionais, o funcionário público enalteceu a forte aposta na sua diversificação, avançando que, actualmente, com a disponibilidade de 15 mil kwanzas, é possível adquirir confortavelmente quantidades consideráveis de legumes, tubérculos e outros produtos do campo, nos mercados informais.
Verónica Filó zunga legumes e tomate nas ruas da vila de Cacuaco. No fim do dia, a mãe de quatro filhos adquire os alimentos que vão servir para a refeição da noite, já que o matabicho é garantido antes de sair de casa para o trabalho e o almoço é uma refeição nula, de segunda a sábado. Tal como os primeiros entrevistados, ela concorda que desde a segunda metade do mês de Janeiro deste ano, os preços dos principais produtos da cesta básica baixaram de forma considerável.
Na praia de Cacuaco, onde maioritariamente adquire o peixe para o jantar, a carapinha que anteriormente comprava ao preço de 1.500 kwanzas o monte de 10, actualmente custa mil kwanzas. A sardinha, embora tende a escassear, baixou consideravelmente. “Tenho a impressão que agora estamos a comer de forma razoável, por causa dos preços que baixaram um bocado”, disse Verónica Filó.