Angola acolheu, segunda-feira, a Reunião do Southern Africa Partnership of Red Cross Societies (SAPRCS-2025), um dos principais fóruns humanitários da África Austral.
A cerimónia de abertura foi presidida pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, em representação do Presidente da República, João Lourenço.
O encontro reúne líderes das dez Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha da região, bem como representantes da Federação Internacional (IFRC), do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), do Sistema das Nações Unidas e do corpo diplomático. Realiza-se num ano simbólico para Angola, que celebra 50 anos de Independência e exerce a Presidência da União Africana.
A presidente da Cruz Vermelha de Angola,
Delfina Cumandala, destacou que o SAPRCS é uma rede sub-regional que promove cooperação, aprendizagem entre pares e diplomacia humanitária, guiada pelos princípios fundamentais do movimento da Cruz Vermelha como humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, voluntariado, Unidade e Universalidade.
O fórum reúne presidentes, secretários-Gerais e residentes da juventude das dez Sociedades Nacionais, assim como Chefes de delegação da IFRC e do CICV, refletindo elevado nível de representação política e institucional.
Mais do que um espaço técnico, o SAPRCS atua como plataforma de diplomacia humanitária junto da União Africana e da SADC, abordando desafios regionais como saúde comunitária, mudanças climáticas, proteção de grupos vulneráveis e empoderamento da juventude.
Presente em 191 países, o movimento é composto por três componentes complementares.
A ministra Sílvia Lutucuta afirmou que a realização do SAPRCS-2025 em Angola é reflexo da visão estratégica do Presidente João Lourenço e da aposta do país na diplomacia humanitária, saúde comunitária, protecção social, mudanças climáticas e empoderamento juvenil.
Destacou o papel histórico da CVA, criada em 1978 e reconhecida pelo CICV em 1986, como presença constante junto das comunidades, apoiando epidemias, migrantes, redução de riscos climáticos e formação de voluntários.
Sublinhou ainda a importância da juventude e dos voluntários como motores da inovação e da resiliência comunitária.
Ressaltou que o SAPRCS-2025 deve resultar em compromissos claros e ações de impacto para as comunidades da região, reforçando a posição de Angola como líder humanitário na África Austral.
O SAPRCS-2025 prossegue durante a semana com sessões técnicas, debates sobre cooperação humanitária, apresentação de boas práticas e encontros bilaterais entre Sociedades Nacionais e parceiros internacionais.
