
Angola defendeu, terça-feira, na sede da ONU, em Nova Iorque, a inclusão dos jovens nos processos de paz e segurança para construir e sustentar a harmonia a nível internacional.
O posicionamento foi expresso pelo conselheiro João Felizardo da Silva que discursava no Fórum de Alto Nível sobre o Programa de Acção para a Cultura de Paz, subordinado ao tema: “Empoderando a Juventude para uma Cultura de Paz”.
De acordo com uma nota enviada ao JA Online, o também Encarregado de Negócios sublinhou a necessidade de maior envolvimento dos jovens nos processos de tomada de decisão a todos níveis: local, nacional e internacional, criando espaços seguros e inclusivos para o diálogo e assegurando que as vozes sejam genuinamente ouvidas nas negociações de paz e nos fóruns políticos, reconhecendo-os como promotores activos da mudança e não apenas vítimas de conflitos.
“Os jovens não são um problema, mas podem ser parte da solução se investirmos neles, oferecendo educação de qualidade, que inclua educação para a paz, equipando-os com habilidades para a resolução de conflitos, promovendo a tolerância e o diálogo intercultural”, assinalou.
Explicou, igualmente, que África possui a população mais jovem do mundo, sendo que mais de 60% dos habitantes têm menos de 25 anos e força e habilidade para fazerem a diferença.
Por isso considerou fundamental que se proporcionem oportunidades de participação significativa em iniciativas de construção da paz e se valorize a diversidade cultural para que se abordem as divergências pacificamente e se construa o respeito mútuo.
Neste contexto, informou, também, que Angola acolheu a Cimeira Pan-Africana da Juventude, de 9 a 12 de Agosto de 2025, sob o tema: “Jovens que promovem a Cooperação Multilateral por meio da Tecnologia e das Parcerias”.
O evento serviu para incentivar a colaboração entre os jovens líderes africanos, explorar soluções inovadoras e fortalecer o papel dos jovens como impulsionadores da paz e do desenvolvimento sustentável no continente.
Durante a sua intervenção, João Felizardo da Silva referiu, ainda, que o país, em colaboração com a União Africana e a UNESCO, organiza bianualmente, desde Setembro de 2019, o Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-Violência, “Bienal de Luanda” para promover a cultura de paz e não-violência, fundamentalmente através do estabelecimento de uma aliança multilateral entre governos, sociedade civil, comunidade artística e científica, bem como o sector privado e organizações internacionais.
Por fim, reiterou o compromisso de Angola em garantir e capacitar os jovens para uma cultura de paz a nível nacional e internacional, sem deixar ninguém para trás, pode ler-se no documento.