
O Ministério do Ambiente está a trabalhar na elaboração de um Plano de Formação de Professores voltado para as questões do meio ambiente, em particular às alterações climáticas, a ser implementado em todo o país a partir do próximo Ano Lectivo.
A revelação foi feita ontem pela ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, quando dissertava para jovens sobre “O saneamento básico, Ambiente, Alterações Climáticas e Biodiversidade”, no I Acampamento Provincial de Jovens do Icolo e Bengo, que decorre até ao dia 13 na comuna da Funda, município do Sequele.
Segundo a governante, depois do lançamento na província do Namibe, o Plano vai ser estendido a todo o país, no âmbito de uma parceria entre os Ministérios do Ambiente, Educação e os Governos Provinciais, para maior conformação dos aspectos ligados aos conteúdos programáticos.
Ana Paula de Carvalho garantiu que os conteúdos, numa primeira fase, serão ministrados para professores de escolas comparticipadas e nos centros de formação públicos das disciplinas de Matemática, Estudo do Meio e Língua Portuguesa.
A ministra do Ambiente confirmou que já existem materiais didácticos específicos para o efeito, tendo destacado que entre os conteúdos estão matérias sobre alterações climáticas, jogos interactivos, assim como livros com ilustrações e abordagens actualizadas sobre o Clima.
A titular da pasta do Ambiente apelou à juventude a envolver-se mais em campanhas de arborização, promoção da reciclagem e separação de resíduos e criação de empregos verdes, incentivando os jovens a organizarem-se em associações e a usarem de forma responsável as redes sociais como meio de educação ambiental.
Segundo Ana Paula de Carvalho, Angola vai apresentar, na próxima Conferência Mundial do Clima, o Plano Nacional de Redução de Emissões de Gases com Efeito Estufa e o Plano Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas.
Todos estes diplomas, acentuou, visam aumentar a resiliência das comunidades e reforçar os compromissos internacionais do país.
Jovens na defesa do ambiente
A ministra do Ambiente apelou aos jovens angolanos a desempenharem um papel central na defesa do meio ambiente, e pediu maior engajamento dessa franja da sociedade nas acções sobre Educação Ambiental, preservação da biodiversidade e combate às alterações climáticas.
“A mudança começa em nós”, disse a ministra, admitindo que grande parte dos problemas ambientais enfrentados em Angola resulta dos costumes da população, nomeadamente o descarte indevido de resíduos, queimadas e ocupações desordenadas.
Por sua vez, o director do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC), Miguel Xavier, destacou a importância da criação de novas áreas de conservação.
Para o responsável, além de contribuir para a sustentabilidade e preservação do meio ambiente, o facto vai gerar novas oportunidades de emprego para os jovens.