Por: Augusto Lufiau
Não sou interessado na preservação da saúde do MPLA, pois tenho o cordão umbilical enterrado na UNITA, mas não posso silenciar-me diante de uma promiscuidade inominável, inqualificável, que se serve da fé e da maior conquista nacional, a independência, para camuflar projectos subversivos de uma elite amputada pelas reformas do Presidente João Lourenço.
A reconciliação nacional não é assunto nem da tutela da igreja que, segundo a história, essa história teimosa, não teve um lugar à mesa nas negociações do Luena tampouco restituiu a Jonas Savimbi e a Holden Roberto um lugar no panteão dos heroís o nacionais. Ao Presidente João Lourenço, ao Governo de Angola reserva-se o mérito da reconciliação que – há 23 anos – permeia todos espaços da vida nacional, pois só a reconciliação justifica que senhores da guerra como Lukamba Gato, Abílion Kamalata Numa e Dival Chiwale não circulariam livremente por esse país e isentos do estigma de sanguinários que – JUSTAMENTE – os acompanhava no pré-reconciliação.
Se a história remota não convence os cépticos, forçam-me a jogar tão baixo quanto os promotores e escancarar as evidências para as quais simulam cegueira histórica. Ei-las:
Victória Garden, hotel detido por Higino Carneiro, acolherá o evento;
*Sérgio Raimundo, avençado de Isabel dos Santos, e o próprio Higino Carneiro – desafecto do Presidente da República- integram o painel de analistas a que se junta Alves da Rocha, conhecido por instrumentalizar a UCAN a mando da CEAST.
Defendamos a reconciliação, sim! É legítimo e imperativo fazê-lo, mas não da forma leviana com que a CEAST e o parceiros político têm feito. Antes de 2028 e pouco depois de 2027, a história absorver-me-á.
