
O Parque Nacional de Maputo é um dos cinco locais indicados com “excepcional potencial” para o estatuto de Património Mundial pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
A decisão será tomada em Julho pelo comité intergovernamental Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).
Numa nota consultada, hoje, pela Lusa, a IUCN, consultora oficial sobre natureza do comité do Património Mundial da UNESCO, refere que se o comité intergovernamental seguir o seu conselho na próxima reunião, na 47.ª sessão, de 6 e 16 de Julho, em Paris, as “paisagens incríveis, marinhas e áreas de rica geodiversidade e biodiversidade” receberão esse estatuto.
Incluem-se, refere, “sítios que protegem até 850.000 aves migratórias, chimpanzés ocidentais e numerosos peixes de recifes de coral”.
Além do Parque Nacional de Maputo e dos Ecossistemas Costeiros e Marinhos do Arquipélago dos Bijagós da Guiné-Bissau, a recomendação da IUCN inclui o complexo Gola-Tiwai, um refúgio de elefantes na Serra Leoa, o Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang, no Vietname, e o Monte Kumgang, na Coreia do Norte.
Sobre a candidatura do Parque Nacional de Maputo, a organização explica que recomendou a expansão da classificação do vizinho Parque de Zonas Húmidas de iSimangaliso, na África do Sul, já Património Mundial, para incluir a área moçambicana.
A UICN considera que estes sítios “cumprem os requisitos para serem declarados como Património Mundial Excepcional”.
Este ano, mais de 120 especialistas da UICN analisaram um total de oito candidaturas ao Património Mundial, avaliações que servem de recomendação ao Comité do Património Mundial da UNESCO.