
O Banco Africano de Desenvolvimento tem, neste momento, disponível para financiamento de diversos projectos em Angola perto de mil milhões de dólares.
De acordo com o economista Joel Daniel Muzima, à frente de uma equipa da instituição, que está a trabalhar esta semana em Luanda, do total de 3,2 mil milhões de dólares aprovados, Angola está apenas a utilizar 1,3 mil milhões.
Joel Daniel Muzima abordou estes indicadores com jornalistas, num fórum de apresentação das oportunidades de carreira no BAD, evento realizado em parceria com o Ministério do Planeamento.
Os projectos activos em curso estão na ordem de 1,3 mil milhões de dólares no sector agrário. Os projectos da cadeia de valor em Cabinda com apoio orçamental para o sector da agricultura visam reforçar as reformas na política de fertilizantes e outras iniciativas na área de energia, numa linha de transmissão de cerca de 374 quilómetros, com uma potência de 400KV que liga a província do Huambo à Huíla (Lubango).
A instituição conta ainda com um projecto na área de água e saneamento com maior intervenção na região do Cuanza-Sul (Sumbe) e Benguela, que cobre também sete zonas costeiras de Angola.
O “economista-chefe” da missão a Luanda apontou também projectos nas áreas de inovação, ciências e tecnologia, com particular destaque para o Centro de Tecnologia em construção na antiga Faculdade de Letras e Ciências Sociais, num projecto orçado em 90 milhões de dólares. Nesta iniciativa, para além do centro inclui-se ainda a concessão de bolsas para mais de 1 250 raparigas de famílias vulneráveis, bem como para graduações nos níveis de mestrado e doutoramento.
Joel Muzima informou que o BAD tem em carteira um projecto que visa o apoio orçamental, onde a primeira fase tem como enfoque a reforma das finanças públicas. Para o efeito, tem-se, neste momento, em preparação um montante de 160 milhões de dólares que poderá ser aprovado até ao final do ano e a segunda fase em igual valor deve ser aprovado em 2025.
No quadro da internacionalização dos quadros angolanos do sector de Ciências Económicas e Financeiras, o Ministério do Planeamento abraçou a iniciativa do BAD que já é uma prática noutros países.